domingo, 9 de fevereiro de 2014

A "Trilogia do Esquecimento" do Rodrigo Grotta no Festival de curtas em Paris

A Cinémathèque Française em Paris, vai exibir a "Trilogia do Esquecimento: Booker Pitman, Haruo Ohara e Satori Uso" do Rodrigo Grotta no encerramento do Festival do Cinema do Bolso - Cinéma de Poche, no dia 12 de maio de 2014 às 20:30. 
Cinémathèque Française: 51, rue de Bercy - 12me. arrond.



Bernard Payen, organizador do festival, trabalhou durante nove anos na Semana da Crítica em Cannes e também participou como júri de diversos festivais no Brasil, foi assim que percebeu o dinamismo dos jovens cineastas brasileiros. A participação de filmes brasileiros na Cinémathèque Française tem a intenção de despertar o interesse do público para outras culturas e mostrar a diversidade do cinema brasileiro. 
O cineasta Rodrigo Grotta teve seus curtas premiados no Festival de Gramado. A "Trilogia do Esquecimento" é sobre personagens que viveram na cidade de Londrina. 
Senti uma grande emoção ao ver os curtas do Rodrigo Grota há dois anos atrás. O Grotta tem uma grande sensibilidade, é talentoso e ele é um "pé vermelho" como eu, como são chamados os londrinenses. Mas principalmente, por conhecer a obra do Haruo Ohara, um imigrante japonês como os meus avôs paternos e maternos. A sua obra ilustra a vida não somente dele e da sua família, mas como da maioria dos imigrantes japoneses que se instalaram em Londrina, no Paraná. 
Haruo Ohara nasceu no Japão e imigrou ao Brasil em 1927. Onze anos depois, ele descobriu a fotografia, passando mais de cinqüenta anos fotografando. Deixou 8 mil negativos em preto-e-branco e 10 mil negativos coloridos, álbuns de fotos e centenas de fotografias de época, equipamentos fotográficos, objetos, livros e um diário que começou a escrever na sua chegada ao Brasil até 1992. Todo esse acervo foi doado em 2008 pela família ao Instituto Moreira Salles. 
Em agosto do ano passado, estive no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro para ver a exposição das fotos do Haruo Ohara e paralelamente a exposição do francês Lartigue. Dois fotógrafos que tinham em comum registrar o seu cotidiano. 
No IMS - Instituo Moreira Salles

Agora é a vez do Haruo Ohara em Paris ! 
  A filha caçula do Haruo Ohara - Ontem e Hoje - no IMS

Cinémathèque Française - 51, rue de Bercy 
Metrô: Estação Bercy - linha 6 e 14 
Salle Jean Epstein
Ingressos:
Tarifa normal: 6,50 €

Fonte: rfpara ler o texto integral clique aqui
IMS - Instituto Moreira Salles clique aqui

Fotos: Miriam T. Girardot

domingo, 2 de fevereiro de 2014

La Chandeleur - dia de comer crepe na França

Fotos: Miriam T. Girardot 

Segundo a Lei de Moisés, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar o Templo de Jerusalém até quarenta dias após o parto; nesta data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas) e, assim, purificar-se. 
Nessa apresentação de Jesus 40 dias após seu nascimento e a purificação da Virgem (também venerada como Nossa Senhora da Luz, das Candeias ou da Candelária), onde Simeão disse que Jesus seria a luz que iria aclarar os gentis. Então a partir do século V, passam a serem organizadas procissões anuais carregando velas acesas para comemorar esse acontecimento.  Assim, o dia 02 de fevereiro ficou conhecido como a "festa das candeias" que vem do latim candelarum, e em francês é "fête de la Chandeleur". 
E a tradição de partilhar crepes nasceu quando o Papa Gélase I passou a distribuir crepes (crispus em latim) aos numerosos peregrinos que iam à Roma para a festa das candeias.
No mundo dos camponeses, o dia 02 de fevereiro simboliza o fim do inverno, quando os dias voltam gradativamente a serem mais longos, o que significa,  o retorno ao trabalho agrícola. As velas bentas eram acesas pelos camponeses supersticiosos para que pudessem ter uma boa colheita. E oferecer crepes tornou-se um testemunho de fidelidade entre os fazendeiros e os Senhores.
A pátria dos crepes da farinha de sarraceno é a Bretanha, onde encontrou a terra e um clima temperado, propício à sua cultura. Originário da Asia,  foi introduzido na França, no retorno das Cruzadas, no século XII. Também conhecida como "a planta dos 100 dias" por ser cultivada em três meses, de junho até o final de agosto.
Na Bretanha existe dois tipos de crepe. A galette é a crepe salgada feita com trigo sarraceno, que pode ser comida com carnes, presunto, lingüiças, peixes, queijo, ovos, purê de maçã. E o crepe doce é feito com farinha branca e recheada simplesmente com manteiga e açúcar já é uma delicia, mais também é muito bom com Nutella, geléias, chantilly, frutas… Pode ser enrolada, em forma de cone, em forma de trouxinha…
E a bebida que acompanha melhor o crepe é a sidra (cidre em francês) geladinha, feita à base de suco de maçã fermentada com graduação alcóolica de 2  a 8%, muito produzida na Bretanha e Normandia.
Em casa, o crepe é "maison"

Dia 21 de junho: Festa da Música é a melhor festa popular na França

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